24 de março de 2009

requiem to call center

Deito fora as entranhas, as vísceras, tudo o que, nuclearmente, construí.
Enterro no vergonhoso lodo a capacidade de reagir, e troco pelo vaporoso cheiro de inércia. Paro, sucumbo, petrifico o meu corpo e maquinizo-o a ser outro.
-Calma criança...Calma esperança, sê paciente, não desaparecerás, só te escondi dos meus olhos para poder ser um verme aos olhos dos outros...para aguentar a repulsa que sinto por mim ao transfigurar-me em mais um espectro social.
Dictomia.Ser eu, com as minhas convicções e ideias e ser eu, que habita ainda uma sociedade consumista e individualista queme quer no activo. I want you in US Army!
Não te amo, nem te quero, mas agora preciso de ti. Tenho de viver o teu esterco, chafurdo com o Prazer de nunca te querer possuir. O meu mundo natural não quer ser feliz, por isso fascina-me. O meu lugar de pertença procura ser equilibrado com todos os elementos naturais que o tornam uno. Viveremos todos a sorrir de um qualquer monte, embalados pela tranquilidade da percepção.
- Deixei-te num cantinho protegida, não te esqueci.
A maior abnegação do amor.

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