2 de maio de 2009

Vejo por dentro, sinto por fora.
Ao longe uma multidão conversa e ri sem saber, embebida nos enganos de que tudo está bem. Apenas mais um dia, mais um pôr-do-sol, ignorado por aqueles que despem a obscuridade da noite. O sol sorri-lhes, melancólico de quando sentia a comunhão humana. Agora sai e dá espaço à penumbra, onde o extase escorre e a solidão persegue.
Todos sorriem, semlábios, sem dentes, sem lingua, num esgar contorcido de volúpia.
E eu aqui, mas longe. Viajo no pôr-do-sol, abraço os seus últimos saios na ânsia de sentir o teu calor. Também estarás a sentir? Visto a capa de sonho e viajo num sopro do vento até aterrar nos teus cabelos. Aí, na terra de ninguém, sou embalada pela mão ancestral do Amor, não há tempo, só uma imensa serenidade de plenitude. Sorris...e a tua alma enternece-me na promessa de um beijo. Contruímos o nosso mundo além dor, além real, além supérfulo...um mundo de carícias coloridas e aromas...o teu cheiro a rebuçados. Brincamos na construção deste nosso universo e tudo, é tudo frágil e secreto...ainda.
Devaneios de quem está fisicamente longe, certezas de almas que se conhecem desde sempre...para sempre.
Esta multidão é apenas um grao de areia no nosso universo. Caminhamos ladoa lado à beira mar...olhamos para trás e... sorrimos ao er que existe só uma sombra, forte, branca, na areia...

:)

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